Coronavírus: perguntas e respostas
Existem vários tipos de coronavírus. Eles pertencem a uma mesma família e são caracterizados por provocar infecção respiratória com manifestações que vão desde sintomas leves, semelhantes aos de um resfriado comum, até complicações como a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).
Os coronavírus infectam animais e, ao sofrerem mutações, passam a infectar humanos. É o caso do tipo classificado inicialmente como 2019-nCoV, que surgiu em dezembro do ano passado na província de Wuhan, centro da China. Hoje, conhecido como SARS-CoV-2, ele é responsável pela maior pandemia dos últimos 100 anos – até meados de maio já tinha infectado mais de 4.7 milhões de pessoas e matado mais de 315 mil em todo o mundo.
No dia 26 de fevereiro de 2020, o Ministério da Saúde do Brasil identificou o que seria o primeiro caso da doença no país – um senhor de 61 anos que retornara da região da Lombardia, no norte da Itália, após viagem a trabalho. Contudo, análises retrospectivas indicam que essa nova variante do coronavírus já circulava entre nós desde janeiro.
Contra os coronavírus ainda não há vacina. A vacinação contra a gripe (influenza – para pessoas de todas as idades a partir dos 6 meses de vida) e contra a pneumonia (para grupos específicos) é extremamente importante na prevenção dessas doenças, mas não impede a infecção por coronavírus.
A seguir, listamos respostas às dúvidas mais comuns, com base nas orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS). Confira!
Perguntas e respostas sobre o coronavírus:
O que é o novo coronavírus?
Chamado SARS-CoV2, é uma nova cepa de coronavírus que não havia sido identificada em humanos.
Os seres humanos podem ser infectados com um novo coronavírus de origem animal?
Investigações detalhadas descobriram que o Sars-CoV foi transmitido das civetas (um mamífero carnívoro de origem asiática) para humanos na China em 2002, e o Mers-CoV de camelos dromedários para humanos na Arábia Saudita em 2012. Vários coronavírus conhecidos estão presentes em animais que ainda não infectaram humanos. À medida que o controle melhora em todo o mundo, é provável que mais coronavírus sejam identificados.
Quais são os sintomas apresentados por uma pessoa infectada pelo novo coronavírus?
A maior parte dos infectados é assintomática, mas os sinais mais comuns incluem febre e sintomas respiratórios como tosse, dor de garganta, perda de olfato e paladar, que pode evoluir para falta de ar e dificuldades respiratórias. Entretanto, tem sido observada a ocorrência de sintomas neurológicos apenas, como confusão mental, dificuldade de andar e falar. Em casos mais graves, a infecção pode causar pneumonia, síndrome respiratória aguda grave (SRAG), insuficiência renal e até a morte.
Os coronavírus podem ser transmitidos de pessoa para pessoa?
Podem, sim, geralmente após contato próximo com uma pessoa portadora do vírus, por meio de gotículas expelidas ao falar, espirrar ou tossir, ou de superfícies contaminadas pela secreção respiratória dos infectados.
Existe uma vacina para o novo coronavírus?
Ainda não. Entretanto, mais de 100 estudos estão sendo conduzidos no mundo, alguns já em fase de teste em humanos para avaliar a segurança e a eficácia da vacina em desenvolvimento. Este processo é demorado e pode levar pelo menos um ano.
Existe tratamento para o novo coronavírus?
De acordo com a OMS ainda não temos um tratamento específico, contudo, muitas drogas e terapias estão sendo investigadas. Vários sintomas da COVID-19 podem ser tratados a partir do diagnóstico da condição clínica do paciente.
O que a pessoa pode fazer para se proteger?
Até o momento, as únicas medidas para prevenir a infecção pelo SARS-Cov2 são as de redução de risco de exposição, como o distanciamento social, o uso de máscaras, o isolamento, a atenção à etiqueta respiratória e a rigorosa higiene das mãos. Pessoas com sintomas infecciosos como febre, tosse e espirros, devem permanecer em total isolamento por 14 dias.
Os profissionais de saúde sofrem risco de contrair o novo coronavírus?
A OMS explica que sim, pois os profissionais de saúde entram em contato com os pacientes com mais frequência do que o público em geral. A agência recomenda que os profissionais de saúde utilizem sistematicamente medidas apropriadas de prevenção e controle de infecções.
Quais as recomendações da OMS para os países?
A OMS incentiva todos os países a aprimorar sua vigilância para infecções respiratórias, revisar cuidadosamente todos os padrões incomuns de casos ou pneumonia e notificar aos serviços de vigilância qualquer suspeita ou confirmação de infecção pelo novo coronavírus.
Os países são também são orientados a observar as recomendações de distanciamento e isolamento social de acordo com suas situações epidemiológicas, e a continuar fortalecendo a capacidade de atendimento às emergências de saúde, em conformidade com o Regulamento Sanitário Internacional de 2005.
Onde encontrar mais informações sobre o SARS-CoV-2 e a COVID-19?
Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm):