Gestantes e recém-nascidos, dicas para manter a vacinação em dia
SAÚDE EM DIA
Gestantes e recém-nascidos
Dicas para manter a vacinação em dia
Gestantes e recém-nascidos (incluindo os prematuros) são prioridade número 1 para a vacinação. Essa é uma orientação de sociedades científicas, como a SBIm, SBP e Febrasgo, além do Ministério da Saúde, que vale mesmo durante pandemias como a de COVID-19. Outros vírus e bactérias que podem causar doenças graves continuam a circular, mesmo em períodos de isolamento social.
Vamos entender o motivo da preocupação e da importância da vacinação em dia.
SEM VACINAÇÃO
Mais risco
Gestantes e recém-nascidos integram os grupos de risco para doenças infecciosas que podem levar a consequências muito graves, incluindo a morte.
Alguns exemplos:
- Gestante, quando contrai a influenza (gripe):
- Tem 4x mais chances de evoluir para quadros graves, incluindo o óbito;
- Aumenta em 30% o risco de nascimento prematuro do bebê.
- Quando a Gestante não está vacinada contra coqueluche:
- Quase todos os casos letais de coqueluche se concentram nos bebês menores de três meses de idade, que não contam com anticorpos da mãe e ainda sem vacinação (realizada entre 2 e 6 meses de idade).
- Bebês que, ao nascimento, se infectam com o vírus da hepatite B:
- Quase 90% desenvolvem infecção crônica do fígado, o que pode levar à morte em decorrência de câncer ou cirrose. Por isso, é tão importante que a gestante esteja vacinada e que o bebê receba a vacina nas primeiras 12/24 horas de vida.
- Bebês que não recebem a BCG ao nascer ficam expostos ao risco de tuberculose grave.
A não vacinação, por descuido ou medo de ir a uma clínica ou Unidade Básica de Saúde (UBS), aumenta a quantidade de pessoas vulneráveis a um grande número de doenças infecciosas. Essa situação contribui para um maior quantitativo de infectados que podem transmitir vírus e bactérias mesmo sem apresentar sintomas.
COM VACINAÇÃO
Menos risco
- A vacinação da gestante oferece proteção a ela e também ao seu bebê:
- Pela transferência de anticorpos via placenta e, após o nascimento, por meio do leite materno;
- Por evitar a transmissão de infecções contra as quais ela está imunizada.
- A vacinação do recém-nascido com as vacinas hepatite B e BCG previne:
- A hepatite B, que pode ser transmitida pela mãe no momento do parto;
- A meningite tuberculosa e tuberculose disseminada, que podem ser transmitidas por pessoas do convívio familiar, ainda que assintomáticas.
Para que a vacinação ocorra no tempo certo, ou seja, atualizada com segurança e o quanto antes, confira as dicas a seguir:
Vacinação com segurança
- Local de vacinação – escolha um local próximo de sua residência. Evite o transporte público. Uma opção é usar o serviço de vacinação em domicílio.
- Antes e depois de sair de casa – faça uso de máscara, mesmo que caseira. Elas são contraindicadas apenas para os menores de 2 anos, que estarão seguros se toda a família adotar as medidas de prevenção contra a COVID-19.
- Na rua ou enquanto espera a vacinação – evite aglomerações e mantenha distância de pelo menos 2 metros de outras pessoas.
- Durante a permanência – evite tocar em superfícies, como maçanetas e balcões, por exemplo. Caso isso ocorra, higienize suas mãos e, logo em seguida, use água e sabão ou álcool em gel 70%.
- Adie – se você está tendo ou apresentou sintomas gripais ou febre nos últimos 14 dias – ou se teve contato com pessoa que tenha apresentado esses sintomas –, RETARDE A SUA VACINAÇÃO até completar 14 dias de isolamento.
Conteúdo adaptado da cartilha “Vacinação em dia, mesmo na pandemia” – SBIm|SBP|Unicef, disponível em www.sbim.org.br
Não perca tempo! Para conhecer as indicações de vacinas, clique aqui.
Recomendações para vacinação de acordo com a história de infecção por COVID-19:
- Pessoa em contato com COVID-19: aguardar 14 dias. Se, após esse tempo, ainda permanecer sem sintomas, pode efetuar a vacina.
- Mãe e recém-nascido positivos para SARS-CoV-2 (vírus que causa a COVID-19): deve-se adiar a vacinação do recém-nascido por 28 dias, após avaliação médica do estado de saúde.
- Caso de provável infecção da mãe e do recém-nascido: a vacina hepatite B pode ser aplicada no recém-nascido e a BCG deve ser adiada por 28 dias.
- Mãe positiva para hepatite B e com COVID 19 confirmada ou em estudo: o recém-nascido deve receber a vacina contra hepatite B e imunoglobulina (anticorpos prontos contra essa doença).
Fontes: Sociedade Latino-americana de Infectologia Pediátrica e Associação Latino-americana de Pediatria
Para saber mais!
www.vaccini.com.br/atrasei-a-vacina-por-causa-da-pandemia-e-agora
www.vaccini.com.br/isolamento-medo-falha-de-protecao
www.vaccini.com.br/vacinacao-em-domicilio