Isolamento + medo = falha de proteção
Entenda como esse comportamento é um risco principalmente para crianças
Neste post vamos falar sobre um assunto que tem mobilizado os profissionais da saúde em todo o mundo por se tratar de uma questão muito séria.
No curto, médio e longo prazo, as consequências de interromper a vacinação de rotina podem ser mais graves do que as causadas pela COVID-19 ─ principalmente para crianças. O alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS) se fundamenta no risco oferecido pelas demais doenças infecciosas contra as quais já existem vacinas.
Mas, se existem vacinas, por que o risco?
A resposta é simples: vacinas só protegem quando são aplicadas nas pessoas, e muitas estão deixando de vacinar até mesmo seus filhos devido ao isolamento social decorrente da pandemia.
O cenário
Até o mês de julho de 2020, nenhuma das vacinas recomendadas no primeiro ano de vida alcançou a porcentagem ideal de vacinados, mesmo no caso da BCG e da hepatite B, que devem ser aplicadas logo após o nascimento.
Isso significa que temos uma baixa cobertura vacinal, problema verificado também entre adolescentes adultos e idosos.
Consequência
Esse cenário é perfeito para que ocorram surtos de doenças como as meningites bacterianas, as hepatites A e B, o sarampo e até mesmo a poliomielite, entre outras. E aqui há um agravante: crianças pequenas, sobretudo as menores de cinco anos, são mais suscetíveis a infecções e, em muitos casos, as transmitem por mais tempo.
Vacinas indicadas
Do nascimento até os dez anos de idade, são 18 as vacinas indicadas pela Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), sendo que a maior parte deve ser aplicada até os cinco anos de idade, incluindo as doses de reforço, essenciais para a correta proteção.
Acesse o calendário da criança .
Cinco fatos importantes:
- o isolamento social é uma das principais medidas de prevenção da COVID-19;
- vírus e bactérias que podem causar graves doenças continuam a circular, mesmo havendo isolamento social;
- quanto maior o numero de pessoas sem a vacinação em dia, maior o número de suscetíveis a doenças infecciosas e maior é o risco de surtos;
- esperar o retorno às aulas ou o período de maior flexibilização para colocar a vacinação em dia representa maior risco de adoecimento;
- a vacinação é a forma mais eficaz de proteção contra doenças infecciosas;
- mantendo as medidas de prevenção da COVID-19 é possível vacinar com segurança.
Reconquistarmos as altas taxas de cobertura vacinal depende do esforço de cada um de nós e esse cuidado aumenta a proteção para a saúde do indivíduo e da coletividade.
Vacinação em dia é mais proteção para você e sua família.
Você tem dúvidas sobre as indicações dos calendários de vacinação ou sobre como colocar a vacinação da família em dia com segurança? Envia um e-mail pra gente.
Um abraço!